Acredita no destino? Eu também. Acredito que tudo o que vai acontecer nos próximos anos já está definido. As circunstâncias em que se vai encontrar, os tumultos que vai viver e o resultado da sua vida.
Se sente alguma curiosidade em relação ao seu futuro, hoje vou revelar-lhe uma forma de o saber, e o melhor de tudo, é que não precisa de uma bola de cristal nem de um baralho de Tarot.
Quem você será daqui a 5 anos.
Embora esta forma de mediunidade não seja muito precisa, resulta quase sempre quando adotada numa perspetiva de longo prazo, ou seja, pelo menos 5 anos. Para começar, reparou no termo que usei no primeiro parágrafo? Foi este:
“Resultado”
Recolhi algumas definições da palavra “resultado” no Dicionário online de Português, estas são as minhas preferidas:
“O produto ou valor final de uma operação matemática”.
“Consequência; aquilo que resulta de alguma coisa; o efeito de uma ação; a finalização de um problema”.
“Solução; o que se faz com o intuito de resolver alguma coisa: esse remédio não deu resultado”.
O Tony Robbins, um dos maiores peritos do mundo sobre motivação e performance, afirma que as pessoas têm tendência a sobrestimar aquilo que conseguem concretizar em 2 anos e a subestimar o que podem fazer em 10.
Concordo totalmente com esta afirmação e não é só, existe um fenómeno que embora pareça obvio, é raramente falado.
É impossível praticar algo regularmente, e não melhorar ao longo do tempo.
Percebeu? Impossível!
Quer tornar-se DJ? Ser um escritor conceituado? Aprender engenharia aeroespacial? Estude a sua arte e pratique todos os dias. Adote rotinas construtivas e não falhe um único dia de prática. Este é o segredo para prever o seu futuro a longo prazo.
As suas rotinas diárias são uma previsão de onde vai estar nos próximos anos.
Pode pensar que no seu caso não é viável porque tem 50 anos e daqui a 10 vai ter 60. No entanto, tenho uma novidade para lhe dar:
Daqui a 10 anos estará mais velho uma década de qualquer das maneiras!
A diferença é que agindo agora, vai poder escolher onde quer estar quando essa altura chegar.
Agora pergunta:
“Mas oh José, não há coisas que acontecem que não podíamos prever e das quais não temos culpa?”
Claro que sim! Existem circunstâncias que se dão independentemente das nossas ações.
Ações determinadas vs acaso.
Ainda assim, a maioria das situações que muitas vezes achamos nos “terem acontecido”, poderiam ser evitadas se tivéssemos adquirido o hábito de assumirmos a responsabilidade por tudo o que acontece nas nossas vidas.
Eu também sou culpado. Para exemplificar, recentemente desloquei-me a uma biblioteca e ao atravessar uma passadeira, quando estava precisamente no meio desta, um condutor que tinha acabado de fazer uma curva e entrado na rua onde eu estava quase que me atropelou!
Travou bruscamente mas demasiado tarde, ficando atravessado no meio da passadeira mesmo à minha frente como se quisesse bloquear-me o caminho! Estivesse eu mais 10 centímetros à frente e a colisão seria inevitável.
Felizmente tudo não passou de um susto para ambos, o condutor pediu-me desculpa, eu acenei e seguimos em frente com as nossas vidas.
Ademais, estando eu precisamente no meio da passadeira e mesmo à frente da esplanada de um café, onde se encontravam cerca de vinte pessoas que assistiram a tudo, se eu tivesse sido mesmo atropelado, o condutor daquela viatura teria sido crucificado por atropelar alguém em cima da passadeira, ficaria com a vida completamente arruinada, teria de me indemnizar, ficaria sem carta, talvez fosse preso e teria consequências para a vida.
Na perspetiva da lei, eu seria simplesmente a vítima sem culpa. Nada obstante a falta de atenção do condutor da viatura, poderei pensar se existe alguma coisa que eu pudesse ter feito, e a resposta é:
Sim existe!
Poderia ter mantido uma atenção constante no ambiente à minha volta durante toda a travessia da passadeira, em vez de ter assumido que os carros iriam parar por eu já estar a meio.
Não duvido de que tal me teria permitido ver o carro a fazer a curva e desta forma T-A-L-V-E-Z eu tivesse a oportunidade de reagir.
Mesmo não sendo a minha obrigação esforçar-me para não ser atropelado onde não é suposto (espero que não exista de facto algum sítio onde é suposto alguém ser atropelado), se tal acontecesse eu teria danos físicos possivelmente graves, enquanto que o condutor da viatura teria danos materiais e perdas financeiras. Qual dos dois ficaria pior?
Eu, obviamente.
Lições da minha falta de atenção.
Usei o meu exemplo por dois motivos.
O primeiro:
Porque pode aprender com os erros das outras pessoas.
O segundo e mais importante:
Para fazê-lo perceber que quando se vê a si mesmo como o responsável por tudo o que acontece na sua vida, as suas ações mudam automaticamente.
Se quer prever o seu futuro num prazo de 5 a 10 anos faça estas duas coisas. Mude as suas rotinas diárias e assuma a responsabilidade pelo resultado da sua vida.
Pergunta: Que rotinas diárias pode adotar de maneira a mudar o seu destino?
Interesso-me por todo o conhecimento que pode genuinamente melhorar as nossas vidas. Discordo dos ideais transmitidos pela cultura pop, e prezo habilidades como a autodisciplina e a capacidade de pensar pela própria cabeça. O meu propósito de vida é escrever não-ficção.