Como ser mais criativo: guia completo mais 8 dicas inéditas

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Ser capaz de gerar ideias inovadoras pode parecer um dom ofertado a muito poucos.

Vemos artistas a criar obras que nos deixam maravilhados, empreendedores com ideias que mudam o mundo, ou mesmo pessoas com profissões básicas, mas que desempenham as suas funções de uma forma tão original, que acabam por ser mais eficientes do que o exigido.

Podemos achar que não fazemos parte do grupo das pessoas inovadoras e criativas. Cada um dos nossos dias é uma repetição do dia anterior. As mesmas tarefas no trabalho, as mesmas rotinas em casa, o mesmo tipo de entretenimento.

Mas, e se a criatividade estiver escondida dentro de nós e não nos apercebemos?

Em 1965, O cientista e investigador George Land desenvolveu um teste de medição de criatividade para auxiliar a NASA no seu processo de recrutamento. Devido à eficácia do teste, 3 anos mais tarde, Land decidiu testá-lo com crianças, por um período de 10 anos.

Usando uma amostra de 1600 crianças, Land fez uma descoberta arrasadora! O resultado foi o seguinte:

TESTE DE CRIATIVIDADE AO LONGO DE 10 ANOS
Crianças de 5 anos: 98% foram consideravelmente criativas
Crianças de 10 anos: 30% foram consideravelmente criativas
Jovens de 15 anos: 12% foram consideravelmente criativos
Adultos: apenas 2% foram consideravelmente criativos

Land afirma que as crianças são ensinadas a pensar de uma forma que debilita a criatividade ao longo dos anos.

O que é a criatividade?

Definir a criatividade não é uma tarefa fácil. Não queremos limitar o seu significado atribuindo-lhe um rótulo.

Tirando a definição que se encontra no dicionário, nada melhor do que sabermos o que as pessoas altamente criativas de diversas áreas têm a dizer sobre o processo de criação.

“A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo.” 

– Albert Einstein

Se uma das pessoas mais brilhantes da história da humanidade diz-nos que a imaginação é mais importante que o conhecimento, talvez seja melhor estimularmos a nossa mente em vez de enfiarmos formulas e regras na nossa cabeça a toda a hora.

“Todas as crianças são artistas. O problema é permanecerem artistas à medida que crescem.”

– Pablo Picasso

Picasso sabia o que o investigador George Land descobriu com as suas investigações. Começamos os primeiros anos da nossa vida como génios criativos, só que a nossa imaginação é entorpecida pelos adultos com o tempo.

“A curiosidade sobre a vida em todos os seus aspetos, penso, é o segredo das grandes pessoas criativas.”

– Leo Burnett

O criativo publicitário Leo Burnett defendia a curiosidade pela vida como o segredo da criatividade. Será então correto afirmar que a definição de criatividade, é o entusiasmo e o interesse pelo mundo à nossa volta?  

“A imaginação é o começo da criação. Você imagina o que deseja, deseja o que imagina e, por fim, cria o que deseja.”

– George Bernard Shaw

Estes são passos bem concretos que nos levam a crer, segundo um dos mais famosos dramaturgos, que a criatividade acontece quando criamos o que desejamos.

“Não é para aquilo que você olha o que importa, mas sim, o que você vê. “

– Henry David Thoreau

Com esta citação de Thoreau, atrevo-me a dizer que a criatividade é não só o que está dentro de nós, como ainda, a criatividade, somos nós.

Porque precisamos de ser criativos? 

Podemos não sentir muita necessidade de sermos criativos no cotidiano. Estamos habituados a tomar decisões mais simplistas, sem nunca fazer uso da imaginação.

Ao inovarmos, conseguimos uma perspetiva que nos ajuda a resolver problemas de uma forma mais agradável, e menos taxativa para as nossas emoções.

Conseguimos também soluções para aquele tipo de problema que normalmente nos faz desistir. Não formulamos apenas mais soluções, mas também, melhores soluções.

Quando somos artistas, escritores, empresários ou até desportistas, a criatividade é uma das características mais importantes a desenvolver se queremos ter alguma hipótese de vencer num mundo competitivo como o nosso.

Fala-se em motivação e em autodisciplina, e sem dúvida que estas duas – mas principalmente a última -, são imprescindíveis. Se não for disciplinado, não saberá organizar o seu tempo de maneira a poder praticar a criatividade.

Como artistas, temos de ser capazes de ver para além das nossas influências.

Se quer ser um escritor, e tem uma grande admiração por escritores clássicos como Dostoiévski, Tolstoi, e Huxley, para além de ler e interiorizar o trabalho destes, tem de desenvolver a sua própria voz, com tanta ou mais qualidade que os grandes mestres.

Aprender com os nossos ídolos é fantástico e maravilhoso. Não obstante, a uma dada altura temos de assumir o comando, e fazermos as coisas à nossa maneira.

Quando somos criativos, e simultaneamente, altamente competentes, podemos afirmar que atingimos a maestria.

Este é um patamar reservado a muito poucos, mas que todos podem alcançar se estiverem dispostos a fazer o trabalho necessário.

Até no envelhecimento a criatividade se torna vantajosa. Existe um estudo que mostra que a arte e a criatividade estimulam positivamente os pacientes que sofrem de demência.

Ser criativo permite ainda:

  • Improvisar argumentos.
  • Conversar com pessoas desconhecidas.
  • Organizar eventos sociais com amigos.
  • Ajudar outras pessoas a entender a sua perspetiva.
  • Entender a perspetiva de outras pessoas.
  • Cozinhar com ingredientes novos.
  • Sair de situações embaraçosas com classe.
  • Confiar em si nos momentos de incerteza.
  • Escolher prendas sem ir à falência.

Todos nós temos bloqueios criativos. As pessoas que julgamos as mais imaginativas são inclusive as que mais sofrem com isso.

Os génios criativos sabem que é uma péssima ideia deixarem de fazer a sua arte, só porque não se sentem inspirados. Por esse motivo, desenvolvem as suas próprias técnicas para invocarem as suas musas da inspiração.

Essas técnicas podem ser utilizadas quer para criar pinturas como as da capela sistina, quer para resolver problemas banais. 

Queremos criar um negócio, escrever um livro, ou mudar de profissão, e nada nos ocorre. Julgamo-nos perdidos, sem saber qual o nosso propósito de vida, quando na verdade, podemos criá-lo em vez de tentar descobri-lo.

Muitas das soluções para os nossos problemas passam pelo desenvolvimento da criatividade.

Alguns de nós estão simplesmente aborrecidos. Parece que já nada nos fascina.

Não queremos ver filmes, ler livros, ou sair para realizar quaisquer atividades. Ficamos com a falsa ideia de que experienciámos tudo o que havia para experienciar. Pensar desta forma é uma completa loucura!

A criatividade precisa de ser estimulada e é insubstituível nas nossas vidas.

A criatividade pode ser aprendida.

Embora tenhamos aprendido a reprimir a nossa imaginação, a ciência demonstra que a criatividade está dentro de nós, e que podemos usar métodos para a despertar. 

Num artigo publicado no Harvard Business Review, o investigador Robert Epstein atesta ter descoberto quatro práticas que podem impulsionar a criatividade drasticamente. Essas quatro práticas podem ser desenvolvidas por qualquer pessoa e são elas:

PRÁTICAS QUE IMPULSIONAM A CRIATIVIDADE
1. Aumentar os conhecimentos e as habilidades fora da área de atuação
2. Registar novas ideias assim que surgem, sem as trabalhar
3. Rodear-se de diversos e novos estímulos, quer física como socialmente
4. Procurar desafios, gerindo os fracassos de forma construtiva

Num estudo publicado por Robert Epstein envolvendo 47 países e cerca de 13.000 pessoas, foi possível constatar que das quatro competências acima referidas, a segunda – registar novas ideias assim que elas surgem, sem as trabalhar – é a mais eficaz no que toca a fomentar a criatividade.

Para saber em que patamar se encontra relativamente a cada uma das quatro competências, pode fazer um teste desenvolvido por Epstein. O teste é gratuito e pode fazer a versão em inglês aqui (ainda não existe em português).

Como o stress pode bloquear a criatividade.

Numa entrevista à Forbes , a neurocientista Wendy Suzuki afirmou que o hipocampo, uma área do cérbero relacionada com a criatividade e a imaginação, encolhe quando somos expostos a stress prolongado.

O stress encolhe fisicamente o nosso cérebro, e a nossa capacidade imaginativa sofre largamente com isso.

Todos temos fatores à nossa volta que estão fora do nosso controle. Não obstante, teremos sempre algum controlo na forma como reagimos aos eventos das nossas vidas. A nossa impulsividade é um fator determinante na qualidade das decisões que tomamos.

As pessoas mais impulsivas têm tendência a tomar piores decisões que as menos impulsivas. Controlar as nossas emoções é difícil, e para alguns parece impossível.

Se sofre com impulsividade leia aqui a melhor técnica que alguma vez descobri para desenvolver autodisciplina, até mesmo para aquelas pessoas que têm a paciência de uma criança de 4 anos!

Organizarmos a vida de maneira a diminuir o stress deveria de estar na nossa lista de prioridades. Quanto mais cedo metermos mão em tudo aquilo que está pendente e atrasado, mais rápido podemos relaxar.

Não confunda preguiça com falta de criatividade.

Ironicamente, conseguimos ser bastante criativos a arranjar desculpas para procrastinar. Quando comecei a escrever este artigo, estive cerca de 6 horas a ver Tedx talks sobre criatividade e a ler estudos sobre o mesmo assunto. Sem escrever uma única palavra.

No fundo, sabia que estava a ser preguiçoso. Mas como era uma preguiça que me fazia absorver informação sobre o tópico acerca do qual queria escrever, desculpei a minha falta de ação com a necessidade de “alimentar a minha criatividade”.

Sentir-me-ia muito pior se em vez disso estivesse a ver vídeos no Youtube sobre como escovar um gato sem que ele fuja, ou como alimentar uma girafa, o que já me aconteceu, e eu não tenho gatos nem girafas.

Para ter a certeza de não se estar a autossabotar faça o seguinte:

Coloque-se em posição de ação mesmo sem se sentir criativo, e espere.

  • Se a sua finalidade é pintar um quadro, prepare a tela, os pinceis e as tintas, e coloque-se à frente do quadro.
  • Se quer resolver um problema pessoal com a técnica da tempestade cerebral, sente-se numa mesa com papel e caneta primeiro, e só depois comece a pensar.

Quando estiver em posição de ação, não faça rigorosamente nada que não seja relacionado com o seu objetivo. Nada de dar uma espreitadela rápida nas suas redes sociais.

“Se tiver à sua frente as ferramentas de que necessita para produzir, não desperdiça o seu tempo com tarefas inúteis e não consegue criar, é porque está com falta de criatividade. Todas as outras hipóteses são mera preguiça.”

Leonardo Da Vinci o arquétipo da criatividade.

Não consigo pensar em mais ninguém que seja mais inovador e imaginativo do que Leonardo Da Vinci. Este homem transpirava criatividade.

Wikipédia descreve-o como alguém que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, para além de ser o pioneiro da aviação e da balística.

O seu interesse por muitos temas levou-o a ser um dos maiores génios de sempre. Curiosamente, alguns historiadores afirmam que Da Vinci era um grande procrastinador.

A procrastinação é também uma estimuladora de criatividade.

Contudo, fazer pausas prolongadas nos nossos projetos é um luxo do qual muito poucos podem usufruir. Na maioria das vezes temos prazos a cumprir.

Não podemos ficar simplesmente à espera de que as ideias desabrochem enquanto ficamos deitados no sofá a olhar para o teto.

Espero que este artigo possa facultar-lhe a técnica certa para desbloquear a sua criatividade. 

Estimular uma coisa tão abstrata como a criatividade não é tarefa fácil. Felizmente, todos nós podemos usar ferramentas para as ideias mais inovadoras brotarem das nossas mentes.

Como ser mais criativo: 8 dicas inéditas.

Mesmo não estando ligado a qualquer tipo de arte vale a pena estimular a criatividade. Quando o faz, o seu interesse pela vida é largamente amplificado. Quer no trabalho, nos relacionamentos, ou nos hobbies. Inovar renova o interesse.

A forma como experimenta o mundo transforma-se quando é capaz de ver para além do habitual, e tomar decisões inovadoras.

Desde mudar pequenas rotinas do dia-a-dia, até alterar totalmente a forma como vive, a capacidade de ser criativo pode revelar-lhe um universo de sensações que nunca imaginou possível.

Independentemente de ser um artista, um ajudante de canalizador ou uma alpaca. Estas são as melhores formas de desenvolver a sua criatividade:

1. Tenha novas experiências.

Quantas vezes se pergunta o que mais terá a vida para oferecer? Se está farto de rotinas, é possível que estas não o sirvam tanto como antigamente. Se for o caso, o potencial para inovar é gigantesco!

Novas experiências causam ansiedade, mas uma boa ansiedade que pode ser vista como excitação.

Essa ansiedade ocorre quando fazemos algo de novo. Temos receio de não sermos competentes, de falhar e de nos envergonharmos à frente de outros mais experientes.

A exposição à novidade ajuda-nos a ter novas ideias. Se vai ter aulas de teatro, não interessa se falha ou se é simplesmente mau ator. Se vai aprender a tocar fagote, não importa que nas primeiras aulas pareça uma vaca com asma.

Expor-se a novas experiências permite-lhe inovar. A cereja no topo do bolo, é que quando tem uma nova experiência, a sua vontade de inovar transborda para outras áreas da sua vida.

Numa inquérito feito pela Deloitte, 66% dos inquiridos, dos quais a maioria em altos cargos empresariais, afirmam que a inovação é importante para o crescimento.

Num artigo publicado pela Mckinsey, é mencionado que 84% dos executivos também consideram a inovação importante para o crescimento.

“Para além de estimular a criatividade, ter novas experiências vai torná-lo mais humilde.”

Quem sabe se ao ter novas experiências não decide ter um novo propósito de vida?

A ciência indica que criar arte, ler ficção, aprender a tocar um instrumento, dançar, e até fazer jejum intermitente, promove a neuroplasticidade do cérebro. Essas novas ligações neuronais são exatamente aquilo que quer, pois provocam uma explosão de criatividade!

Como vê, não precisa de fazer nenhuma maluqueira nem de colocar a sua vida em risco. Precisa apenas de se livrar das algemas do conformismo.

2. Use a sua imaginação.

Sente-se, relaxe, feche os olhos e pense. Faça uma viagem mental por caminhos nunca antes trilhados no universo (ou onde lhe apetecer). Pensamentos aleatórios, como se estivesse a ver um filme, mas no qual você decide o desenrolar da ação em tempo real.

Se a um dado momento a sua imaginação assumir o comando, deixe-a divagar. As fantasias mentais podem proporcionar soluções bem específicas para o problema que quer resolver, quando menos esperar. Esteja atento e tenha papel e caneta à mão.

Se não gosta de viajar mentalmente ou tem dificuldade em meter-se nesse estado de relaxamento, experimente uma das minhas formas preferidas de estimular a mente.

Dar um passeio a pé. Uma pesquisa comprova que caminhar incita a criatividade, durante e momentos depois da caminhada.

3. Retire o seu ego do mapa.

Na sua jornada para se tornar mais criativo, o seu ego pode tornar-se num dos seus maiores inimigos. Este fará de tudo para que não sinta medo nem dor. Vai ter de lutar contra ele para não permitir que estrague a sua busca pela inovação.

Quando o nosso principal objetivo é sermos criativos, não existe lugar para o medo de falhar. Falhar é aceitável, diria até mesmo recomendável.

O nosso ego é importante. Não nos manteríamos mentalmente sãos se ele não existisse.

Contudo, uma das suas prioridades é proteger-nos da humilhação e da vergonha. Só que quando embarcamos numa jornada para nos tornarmos mais criativos, temos de participar em atividades cujo resultado não controlamos.

Se pintar um quadro pela primeira vez, vai provavelmente gerar algo completamente ridículo. Eu sei que se tentasse pintar algo, não importa o quê, não faria melhor do que uma criança de quatro anos!

E a ideia é mesmo essa! Fazer algo de novo apenas pela curiosidade de o fazer sem metermos a nossa autoestima pelo meio.

O ego faz com que necessitemos de mostrar ou mesmo impor a nossa visão do mundo aos outros. Quando tenta estimular a criatividade, deve de pôr de lado a necessidade de mostrar competência.

Necessita de gerar formulas novas sem se preocupar com a opinião dos outros. Não se pode importar com a qualidade. Você é o mestre, o aluno, o observador e também aquele que executa só pelo mero prazer de fazer algo novo.

Quando o assunto é inovação, lembre-se de desligar temporariamente o seu ego.

4. Alterne entre tarefas enquanto gera ideias.

Esta será provavelmente a única vez que me verá falar sobre os benefícios de alternar entre tarefas. Hoje em dia sabe-se que tentar fazer várias atividades em simultâneo é uma das formas mais rápidas de aniquilar a produtividade.

Mas como criatividade e produtividade são coisas diferentes, um estudo publicado no Harvard Business Review pelo professor David Burkus, demonstrou que fazer uma pausa para realizar trabalhos não relacionados com o tema sobre o qual tenta gerar ideias, estimula a criatividade.

Faço a ressalva que alternar constantemente entre tarefas é péssimo não só para a qualidade dessas tarefas, como também para a sua concentração. Use apenas esta técnica quando o seu ÚNICO objetivo for gerar ideias inovadoras.

5. Mude de tópico temporariamente.

Faça alguma coisa sem qualquer relação com o problema que está a tentar resolver.

Se está há muito tempo a remoer mentalmente o mesmo tema, é muito provável que esteja com a solução errada presa na sua cabeça, e precisa de a fazer desaparecer.

Mudar de tópico temporariamente pode desbloquear a sua criatividade.

Quem nunca ficou preso mentalmente a tentar encontrar uma solução para um problema?

Enquanto ficamos a ruminar eternamente sobre um determinado assunto, sofremos desgaste mental e vamos ficando cada vez mais limitados criativamente.

As soluções teimam em não aparecer na nossa cabeça. Apenas uma repetição constante do mesmo panorama.

Se tenta compor uma música e fica paralisado, experimente desenhar algo só pelo prazer.

Se está sem ideias para o seu próximo vídeo no Youtube, experimente ver um documentário sobre as pirâmides do Egipto.

Tire a sua mente do problema em questão e talvez a ideia/solução que procura apareça quando sair da ratoeira mental na qual ficou preso.

As minhas melhores ideias ocorrem-me sempre enquanto estou a fazer barba.

6. Crie uma tempestade cerebral.

O famoso brainstorming em inglês, consiste em criar ideias e soluções novas sem se preocupar se são acertadas ou mesmo irrealistas.

Segundo uma publicação no jornal da Regent University School of Business & Leadership, a técnica da tempestade cerebral foi inventada pelo publicitário Alex Osborn e começa com quatro regras básicas:

COMO GERAR IDEIAS COM UMA TEMPESTADE CEREBRAL
1ª. Escrever o máximo de ideias possível. O importante é gerar muitas ideias sem se preocupar com a qualidade.
2ª. É proibido criticar qualquer uma das ideias, não importa o quanto estapafúrdias sejam. A crítica bloqueia a criatividade.
3ª. Quanto mais loucas forem as ideias melhor!
4ª. As ideias podem ser combinadas umas com as outras.

Osborn afirmava que a técnica da tempestade cerebral devia de ser efetuada por um grupo de 5 a 10 pessoas. Se não tiver possibilidade de reunir um grupo para criar tempestades cerebrais consigo, nada o impede de o fazer sozinho.

Só precisa de papel e caneta, o computador não porque poderá eventualmente lembrar-se de desenhar enquanto escreve. Tudo é permitido!

No final, quando tiver papeis cheios de ideias mirabolantes. Pegue nas suas favoritas e comece a desconstrui-las, pouco a pouco, de maneira a que se tornem exequíveis no mundo real.

Exemplo, precisa de ideias para ganhar mais dinheiro.

Uma das ideias durante a tempestade cerebral, foi a de construir uma nave espacial e ir à procura de tesouros em galáxias distantes.

A versão exequível seria algo como: aprender sobre modelismo, construindo aeronaves à escala, criar um blog sobre o assunto e gerar receita com afiliados e publicidade.

A técnica da tempestade cerebral é fenomenal!

7. Saiba o seu porquê, mas mantenha-se flexível.

Quando o assunto é criatividade, é preferível reduzir ao mínimo necessário o número de rótulos, definições e limitações que usamos nas nossas intepretações. Não queremos diminuir algo que é suposto ser maleável, inovador e original.

O seu porquê, ainda assim, não deixa de ser importante. Decidiu ler este artigo porque quer ser mais criativo. Logo, deduzo que se inclui numa das seguintes opções:

  • É um artista a tentar superar um bloqueio.
  • É um empreendedor que precisa de mais ideias.
  • Tem um problema para o qual não encontra solução.
  • Quer tornar a sua vida mais excitante.
  • Nenhuma destas opções, só gosta de ler e caso descubra algo de interessante talvez o aplique à sua vida.

Qualquer que seja o seu caso, o seu porquê é importante. A busca pela criatividade requer coragem e capacidade para agir fora da zona de conforto.

Se não souber o seu porquê, o medo e a ansiedade podem dominá-lo e impedi-lo de ter experiências novas que o levariam a estimular a sua imaginação como nunca o fez antes.

Não tem de ser algo complexo e profundo, como um propósito de vida. Talvez esteja apenas em busca de um pouco de imaginação para resolver um problema que surgiu na sua vida recentemente.

Se sabe muito bem aquilo que o move e tem um porquê bem claro e definido, não deixe de ser flexível.

A inflexibilidade é a maior inimiga da inovação. Mesmo que seja uma pessoa muito segura de si mesma, mantenha uma abertura de espírito sobre o motivo que o leva a querer desenvolver a sua criatividade.

O seu subconsciente pode estar a tentar dizer-lhe alguma coisa.

8. Durma.

Quem me dera que dormir fosse a solução para todos os problemas da vida. Quem gosta de dormir como eu vai certamente pensar o mesmo. No entanto, como deve saber, dormir não resolve os nossos problemas, apenas os adia.

Não querendo que use a próxima sugestão como desculpa para ficar na cama 14 horas por dia, dormir pode ser solução sim para um determinado problema. O da falta de criatividade.

Segundo a American Psychological Association uma pesquisa realizada na Harvard Medical School pelo psicólogo Deidre Barrett, revelou que um grupo de estudantes a quem Barrett pediu para pensar num problema específico antes de dormir, apresentou resultados que merecem alguma atenção.

50% dos estudantes declararam ter sonhado com situações relacionadas com o problema escolhido.

25% declararam encontrar soluções durante os sonhos!

Esta experiência dá uma nova importância ao conceito de dormir sobre um assunto.

No que toca a empreendimentos criativos, sempre notei que quando não durmo o suficiente é quando tenho mais dificuldade em criar e em gerar ideias.

Reconheço que o momento em que estamos na cama a adormecer, situado no ponto em que ainda não estamos a dormir, mas também já não estamos propriamente acordados, é um terreno fértil para a nossa imaginação.

Algumas das nossas melhores ideias vêm desse pequeno momento em que estamos a adormecer. O problema, é lembrarmo-nos delas quando acordamos!

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