Como deixar de se importar com o que os outros pensam

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Há muitos anos que sou acusado de não me importar com o que os outros pensam. Já fui por diversas vezes chamado à atenção por não ligar patavina à opinião de outras pessoas, e nessas alturas devo ter respondido algo como…

… bem, não me importo o suficiente para me lembrar.

Se os pensamentos das outras pessoas têm muita influência no seu bem-estar. Torna-se imprescindível tomar uma atitude.  

Francamente, é altamente improvável que saiba o que os outros pensam genuinamente. Ainda assim, se está a ler este artigo, é porque quer retirar algo de valor e aplicável relacionado com este tema.

O problema não está nas outras pessoas.

Se tem uma preocupação excessiva sobre o que os outros pensam, o problema não está nas outras pessoas, está em si.

Tal não significa que aquilo que as pessoas pensam sobre si seja importante, mas sim que não tem barreiras suficientemente fortes para as ignorar, quando necessário.

Assim sendo, vamos nos concentrar em reforçar essas barreiras.

Porquê passar para o extremo oposto.

Uma das maneiras mais rápidas e também mais drásticas, consiste em passar para o outro extremo repentinamente, para depois reduzir gradualmente a intensidade.

Como deve ter ficado na mesma depois de ler o parágrafo acima, vou explicar o mais detalhadamente que conseguir.

Se carece de algum traço de personalidade ou comportamento específico, e assumindo que pode ter alguma interferência nestes.

A forma mais rápida de os desenvolver, não é tentar aumentá-los gradualmente até chegar ao ponto desejado, mas antes passar de repente para o outro extremo, e depois reduzir gradualmente o comportamento até chegar ao meio-termo (isto se o meio-termo for a sua meta).

Descobri este conceito num seminário do Dr. Paul Dobransky e já o apliquei por diversas vezes.

Quer deixar de se preocupar? Então torne-se num idiota!

Na prática, se quer deixar de se preocupar com o que os outros pensam, comece com o objetivo de passar para o outro extremo, e quando conseguir ser um autêntico imbecil, reduza o grau de imbecilidade gradualmente até chegar ao ponto desejado.

Esta tática é um pouco extrema, só que tem uma particularidade espetacular que faz com que aplicá-la valha muito a pena e que é a seguinte:

Resulta!

Não só resulta, como os resultados aparecem rapidamente, se tiver a coragem de a utilizar.

Se tem receio de fazer uma mudança tão abrupta, lembre-se de que quando se importa com o que alguém pensa, está a deixar essa pessoa controlar a sua vida.

Em alternativa, se tiver menos de 30 anos, existe uma grande probabilidade de passar por uma mudança de perspetiva que ocorre naturalmente.

A mudança de paradigma com a idade.

Mencionei noutro artigo as mudanças de paradigma que acontecem entre os 27 e os 30 anos.

Uma delas, é o desaparecimento das inseguranças típicas de adolescente, como por exemplo, estarmos num sítio público muito frequentado e nos perguntarmos se estamos suficientemente apresentáveis.

Ou quando estamos num ambiente novo com um grupo de pessoas desconhecidas, e sentimos a necessidade de provar que somos pessoas empáticas e conversadoras.

Essas mudanças de paradigma são derivadas da maturidade que adquirimos com o passar dos anos. Uma dessas mudanças, é a total despreocupação com o que outras pessoas pensam acerca de nós. Adquirimos uma confiança e uma serenidade natural.

Por isso, se tem menos de 30 anos, pode optar simplesmente por esperar.

As 3 formas de endurecer a sua personalidade.

Se não quer esperar ou não teve essa alteração de personalidade com a idade (muitas pessoas não têm e não há nada de errado com elas), existem três coisas que pode fazer para o ajudar a não se importar com opiniões alheias.

– Faça uma lista das suas características.

O que pensa de si mesmo? Trace o seu próprio perfil psicológico. Enumere todas as suas qualidades, capacidades, aptidões e talentos. Foque-se nas características positivas.

Para cada defeito seu liste pelo menos duas qualidades. Este exercício tem como objetivo ajudá-lo a criar uma autoimagem forte, positiva e impulsionadora.

Se estiver focado no seu desenvolvimento pessoal, não vai sequer lembrar-se de que as outras pessoas têm opiniões.

– Ter um propósito.

Quando tem um propósito, a sua vida gira em torno do mesmo. As suas ações, assim como os seus pensamentos, focam-se num único objetivo e deixa de ter espaço para o negativismo de outras pessoas.

Até o seu círculo social se altera consoante as suas metas. Com um propósito bem claro, você vive na sua própria realidade e as outras pessoas são suas convidadas.

– Ter a gestão do seu tempo planeada.

Como é que ter uma gestão do tempo planeada ajuda? Se tem uma agenda significa que tem vida própria e se estiver ocupado a vivê-la, não terá tempo para se preocupar com aquilo que os outros pensam.

Ter um propósito pode ajudá-lo a fazer a gestão do seu tempo, mas não é obrigatório para planear os seus dias. Todavia, tem de decidir o que quer fazer, ou pelo menos o que quer experimentar.

Conclusão.

Importar-se com os outros não é mau. O que é mau, é a sua preocupação com a opinião das outras pessoas sobre a forma como gere a sua vida e as decisões que toma. Pode inclusive importar-se com alguém e não com o que essa pessoa pensa.

O melhor é preocupar-se com aquilo que algumas pessoas pensam.

Não é necessário deixar de se preocupar com aquilo que o mundo inteiro pensa. Há situações em que é saudável nos preocuparmos com aquilo que determinadas pessoas pensam. Existe, contudo, uma regra e esta regra não é negociável:

As opiniões dadas só são consideradas quando construtivas.

Pergunta: O que é que o ajuda a não se preocupar com o que os outros pensam?

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