A motivação depois dos 30 anos

Para algumas pessoas, fazer 30 anos é um autêntico filme de terror. Para outras, é quando ganham uma nova perspetiva acerca da sua mortalidade, e para uma minoria é apenas um número.

Chegar aos 30 anos costuma gerar um período de reflexão. Geralmente, é quando fazemos a primeira grande avaliação sobre todas as áreas da nossa vida. Raras são as pessoas que chegam aos 30 e sentem que realizaram os seus sonhos.

A pressão social.

Praticamente todas as pessoas de 30 anos com quem falei sobre este tema, afirmaram sentir que não cumprem com as expectativas que a sociedade tem para alguém nesta idade.

A pergunta que se fazem a si mesmas quando entram nos 30, costuma ser:

“O que raio andei eu a fazer durante estes anos todos?”

A verdadeira questão que se põe, ou pelo menos, que se deveriam colocar é esta:

“O que há para mim a partir de agora?”

Entramos assim na matéria que deu o título a este artigo, a motivação depois dos 30. Os efeitos do envelhecimento no organismo já muita tinta fizeram correr.

Quando nos dizem que o nosso metabolismo desacelera à medida que os anos passam, ficamos com a ideia de que o ímpeto para irmos atrás dos nossos sonhos também se esvai, o que não poderia estar mais longe da verdade.

A capacidade de ponderar calmamente nunca foi tão forte.

A partir dos 30, surgem determinados atributos que a maior parte de nós não tinha quando estava na casa dos 20. Atributos estes que são armas incrivelmente eficientes na conquista das nossas metas.

Desde que tenhamos consciência de que existem.

Depois dos 30 anos percebemos que não vamos viver para sempre, e como que por magia, tornamo-nos mais eficientes na gestão do nosso tempo. Deixamos de o desperdiçar com quem não nos interessa.

Temos menos paciência e menor disponibilidade para dramas e filmes. Várias inseguranças insignificantes simplesmente se desvanecem e tomamos decisões mais ponderadas.

Obtemos fundamentalmente mais foco.

Termos mais foco significa, entre outras coisas, uma maior capacidade de adiar as gratificações imediatas em benefício de uma recompensa a longo prazo.

O que se traduz em menos euforia quando surgem novas ideias, e mais disponibilidade para executar as ações que de facto as concretizam.

Conseguimos ponderar com mais lucidez, não deixando que as nossas emoções nos toldem o raciocínio.

Não acredito que exista alguma idade em que estejamos acabados. Contudo, o nosso estado de espírito pode nos fazer acreditar que já nada temos para dar.

Há sonhos para realizar em todas as idades.

Se acha que está velho para ter sonhos, leia esta notícia sobre o nadador Australiano de 99 anos que bateu o recorde mundial para a sua faixa etária.

Lá por ter chegado aos 30 anos, não significa que consiga automaticamente todos as qualidades aqui faladas. Significa sim que pode usufruir destas se decidir agir como alguém que as tem.

Quando se aperceber das suas capacidades depois dos 30, quer esteja na casa dos 40, 50 ou 60, poderá entrar na fase mais produtiva da sua vida. A qual só terá um fim quando assim o decidir.

A motivação depois dos 30 anos nem é assim tão importante quanto isso. Para ser sincero, o conceito de motivação é um embuste da sociedade moderna. Apenas nos dá o impulso inicial para nos colocar em movimento, desvanecendo-se rapidamente.

A verdadeira força que nos levará ao ponto onde queremos chegar, é a autodisciplina. Esta última muito mais silenciosa que a motivação e muito mais duradoura, uma vez que depende exclusivamente de nós para ser desenvolvida.

Para entender a diferença entre motivação e autodisciplina leia o artigo: A motivação é uma treta!

Para desenvolver a sua autodisciplina leia: Como desenvolver autodisciplina e criar novos hábitos.

E se estiver desesperado, naquelas alturas em que não consegue fazer nada sem ser jogar jogos de telemóvel e ver televisão, leia este artigo: Como parar de procrastinar.

Pergunta: Qual a idade em que se sentiu mais motivado até hoje?

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