Porque o excesso de entretenimento faz de si um perdedor

“Perdedor”, essa palavra que ofende tanta gente na sociedade de hoje em dia, em que predomina a ideia de que a única coisa que interessa, é proteger as emoções porque todos os seres humanos são lindos e maravilhosos independentemente das suas ações.  

Se partilha desse ideal, é melhor não ler este artigo, a não ser que queira deixar um comentário odioso no fim sobre o quanto cruel e insensível é a pessoa que o escreveu. No entanto, apesar deste blog chamar-se Desbloqueie-se e não Melindre-se, esteja à vontade. 

Uma fuga à realidade. 

Gostaria de ver o entretenimento como algo que serve para as pessoas relaxarem e descomprimirem. A sério que gostaria. Em tempos passados tenho a certeza de que assim foi. Certamente numa altura anterior aos smartphones

Nos dias de hoje, com séries de televisão totalmente pirateadas na internet, “histórias” nas redes sociais e clips de humor infinitos, o entretenimento tornou-se a droga dos zombies modernos. 

Para perceber a que me refiro por “zombies modernos” leia o artigo: Ignore toda a gente acima dos 27 anos

Quando se vive num mundo de possibilidades infinitas como as que existem em qualquer país desenvolvido, uma dessas possibilidades, é justamente a de não optar por nenhuma. Como se pudesse escapulir-se a fazer escolhas. 

O entretenimento tornou-se para a maioria das pessoas uma fuga à realidade. 

Porque as pessoas se viciam em entretenimento. 

Entendo que existem pessoas que usam o entretenimento para fugirem à realidade porque, embora estejam insatisfeitas com a vida, não sabem o que fazer para a mudar. Esse, é o pior sítio para se estar. 

Não existe um plano, não há ideias, e logo não há possibilidades. Resignam-se a uma vida de conformismo até ficarem indiferentes à passagem do tempo.  

A forma mais comum, é através da visualização de temporadas inteiras de séries na internet, fazendo pausas de vez em quando só para ver o que as outras pessoas andam a publicar nas redes sociais. 

Rapidamente, viciam-se em entretenimento e cada minuto do seu tempo livre é passado com distrações mundanas e gratificações instantâneas. Não haveria qualquer problema se fossem verdadeiramente felizes a viver dessa forma, contudo, não o são.  

Uma vida de entretenimento constante é uma vida sem propósito e sem realização pessoal. 

A gratificação imediata nunca o fará sentir-se realizado. 

Por favor não confunda realização com alegria momentânea. Jogar jogos de vídeo pode trazer-lhe muitos momentos de alegria momentânea, mas logo que volte à realidade, ultrapassar níveis num ambiente virtual em nada o ajudará a sentir-se realizado. 

Mas não é só por causa do tempo desperdiçado que o excesso de entretenimento faz de si um perdedor. Existe ainda outro motivo, possivelmente, muito mais forte. 

As crenças que apanha através do entretenimento. 

Para além da dormência que o entretenimento lhe causa, há ainda o problema das crenças que desenvolve e que prejudicam toda a sua vida. 

Basta observar os enredos da maioria dos filmes de cinema de sucesso para perceber que as personagens quase nunca são responsáveis pelos resultados das suas vidas. São quase sempre vítimas do azar. 

As suas noções preconcebidas formam a caixa onde você está preso, e se está a ler isto, indubitavelmente, não quer ser um perdedor. 

Você é muito mais forte do que aquilo que pensa. 

Pode ser que não tenha ninguém a motivá-lo, ninguém a acreditar em si, e que sinta que tem de fazer um esforço gigantesco para dar apenas um pequeno passo. 

Se assim for encha-se de raiva, coloque o entretenimento na sua agenda numa altura previamente definida, e tenha sempre como prioridade os seus objetivos. 

Comece por ter uma visão sobre o que gostaria de alcançar. Gradualmente, torne essa visão mais clara e definida e pense em passos de ação concretos. De seguida, passe para a execução e faça o trabalho necessário.  

Terá uma enorme vantagem na vida, porque a maior parte das pessoas, simplesmente, nunca o fará. 

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