Como não o quero induzir em erro com este título, vamos começar por clarificar desde já este conceito. O pensamento negativo a que me refiro, é aquele tipo de pensamento que lhe causa raiva, frustração e que o faz sentir-se impaciente.
Não aquele que o faz sentir-se desvalorizado, deprimido, e que acaba com a sua motivação. Se acha que pode estar clinicamente deprimido, não procure respostas na internet. Em vez disso, fale com profissionais treinados para o efeito.
Voltando ao tema principal, subscrevo a afirmação de que a fé move montanhas.
Mesmo que o leitor seja uma daquelas pessoas que consegue motivar-se somente com a visão das suas aspirações, obtendo desta forma a força necessária para ultrapassar qualquer obstáculo, não ignore as próximas palavras que vai ler.
Se algum dia, por qualquer motivo perder a motivação, estas podem virar o jogo novamente a seu favor.
Nas frustrações jaz um grande poder.
Existe uma grande variedade de emoções negativas carregadas de “combustível”. Raiva, irritação, revolta e muitas outras do mesmo gênero, são frequentemente apelidadas de “más emoções”, transmitindo a ideia de que é errado senti-las e que as deve reprimir.
O importante, são as emoções fortes. Negativas, mas fortes.
Em vez de reprimir essas emoções fortes, ou de as descarregar noutras pessoas que nada têm a ver com os seus problemas, torna-se muito mais eficaz mudar a sua perspetiva e usar as emoções negativas como energia para colocar em prática os seus empreendimentos.
Sinto que este tema é pouco ou nada explorado no mundo do desenvolvimento pessoal. Talvez pelo hábito de se criarem campanhas de marketing que transmitem ideais de um mundo cor-de-rosa, onde toda gente está sempre feliz e todas as famílias têm um golden retriever.
Ignora-se o facto de que os pensamentos negativos podem gerar resultados positivos.
Ser-se pessimista pode ser uma incrível fonte de motivação! Imagine como será a sua vida no futuro se não parar de procrastinar, se não tiver cuidado com a sua alimentação, ou se não meter em prática a sua ideia de negócio que paira no seu pensamento há já demasiado tempo.
Sabe qual é a coisa que mais o frustra na sua vida?
Se conseguir responder a esta pergunta, dará um passo de gigante para deixar de levar uma vida de conformismo. A seguir, vamos desconstruir as restantes fases do processo de maneira a dar-lhe o poder de agir e de mudar o que não gosta na sua vida.
O combustível da frustração.
A frustração que sente relativamente a uma determinada área da sua vida está a dar-lhe o poder de agir. Para usar esse poder, tem de saber o que quer e traçar um plano com ações diárias para o alcançar.
Use a motivação para criar autodisciplina.
A motivação NÃO VAI fazê-lo agir a longo prazo. Em vez disso, vai ajudá-lo no curto prazo, a criar os hábitos diários que realizará automaticamente sem ter de sentir qualquer motivação. Quando criar um hábito diário, significa que desenvolveu autodisciplina.
Para mantê-la, só precisará de não se desleixar nos seus hábitos diários. A autodisciplina, uma vez criada, requer muito pouco esforço para ser mantida, e é com esta que consegue executar ações diárias no longo prazo.
Se já leu outros artigos meus, já deve ter percebido que dou muito importância a este conceito das rotinas diárias. Tal deve-se ao facto deste blog existir graças às rotinas diárias que incorporei no meu dia-a-dia.
Jamais escreveria alguma coisa se esperasse sentir-me motivado para tal!
Para usar o poder do pensamento negativo, lembre-se de que a frustração gera motivação, que por sua vez, gera autodisciplina. Só tem de decidir o que quer fazer.
Se está conformado e não sente vontade de aplicar esta fórmula, faça o seguinte:
Torne-se pessimista!
Alguma vez usou o poder do pensamento negativo?
Interesso-me por todo o conhecimento que pode genuinamente melhorar as nossas vidas. Discordo dos ideais transmitidos pela cultura pop, e prezo habilidades como a autodisciplina e a capacidade de pensar pela própria cabeça. O meu propósito de vida é escrever não-ficção.