Porque é que escrevo

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José Lança autor

Já estava na altura de um artigo deste género. Embora este texto seja acerca de mim, estou certo de que outras pessoas poderão retirar daqui algumas ideias.

Em todo o caso, ficará gravada esta entrada no meu blog para que possa sempre recordar-me dos motivos que me levaram a enveredar por este caminho.

Como tudo começou.

Quando comecei a escrever, o meu objetivo era trabalhar na indústria do desenvolvimento pessoal. Quis criar um ebook que seria um dos produtos que colocaria à venda, para além de webinars, podcasts e vídeos.

Nunca me ocorrendo de que tentar fazer tantas coisas ao mesmo tempo seria uma péssima ideia, e felizmente que nunca o cheguei realmente a fazer.

Comecei a dedicar-me mais a sério à escrita há cinco anos, contando da data de publicação deste texto. Todavia, desde a infância que sempre fui um leitor voraz.

Lia um pouco de tudo, desde fantasia a policiais, passando por terror e alguns livros de autoajuda pelo meio.

Por volta dos meus 24 anos foi quando comecei a mergulhar a sério na literatura de desenvolvimento pessoal, juntamente com empreendedorismo um pouco mais tarde. Passando a ler ficção apenas esporadicamente.

Ainda muitos anos antes de desenvolver hábitos de escrita, recordo-me de ter pensado várias vezes de que escrever um livro seria algo que faria certamente um dia.

Mesmo assim, demorei a ver o óbvio.

Quando comecei a escrever o meu primeiro ebook, embora na altura ainda não tivesse tomado a decisão de me dedicar exclusivamente à escrita, chegava ao fim de uma rotina diária de 4 horas a escrever, apercebia-me do prazer que a escrita me dava e pensava para comigo mesmo:

– Era capaz de fazer só isto a vida toda –

Ignorei várias vezes essa sensação de estar a viver o meu propósito quando realizava a minha rotina diária de escrita. Na minha cabeça estavam outras áreas que desejava explorar, e não tinha a intenção de me “limitar” a uma habilidade apenas.

Iniciei este blog em 2016. Escrevi artigos e ao mesmo tempo fui explorando outras áreas. Até que descobri que se quisesse maximizar o meu potencial, teria de me dedicar a uma única habilidade. Escolhi a escrita abandonando tudo o resto.

Os motivos que me levam a escrever são praticamente um checklist daquilo que é essencial para que eu me sinta sempre no meu melhor. A qualidade da minha vida está diretamente ligada a todos os fatores que vou enumerar.

Quando estou a avançar na concretização desta lista é quando me torno na melhor versão de mim mesmo. Contrariamente, quando fico parado e não cumpro com meu propósito, é quando o meu pior vem ao de cima.

Os meus motivos para escrever:

– O legado.

Quando tinha 13 anos, apareceu um livro em casa chamado “Como Conseguir Tudo Aquilo Que Deseja” de M.R. Kopmeyer, que foi oferecido à minha mãe.

A única pessoa da minha família que acabou por o ler fui eu. Ainda hoje agradeço à pessoa graças à qual este livro veio parar às minhas mãos.

Uma boa parte do livro é constituída por pequenos textos biográficos sobre várias pessoas que realizaram grandes feitos ao longo das suas vidas. Todas essas pessoas tinham pelo menos uma coisa em comum.

Deixaram um legado e serão recordadas ao longo da história. Ainda hoje o “Como Conseguir Tudo Aquilo Que Deseja” é um dos livros que leio quando procuro inspiração.

A ideia de deixar um legado e de ser recordado muito depois da minha morte é uma grande motivação para mim.

Não consigo explicar porquê de forma racional, mas sinto que preciso de deixar a minha marca no mundo para as gerações vindouras. Criar artigos e escrever ebooks permite-me satisfazer essa necessidade.

– Atingir um dia a maestria.

Para se ser um mestre nalguma área é necessária muita dedicação, aprendizagem e prática ao longo de muito anos.

No livro “Maestria” de Robert Greene, é feita referência à necessidade de completar um total de 10.000 horas para atingir a maestria nalgum campo.

A perspetiva de poder tornar-me um dia excecional a fazer alguma coisa é um grande estímulo para mim.

Este é um dos motivos pela qual escolho a escrita, pois não necessito de ninguém para praticar e posso fazê-lo em qualquer lado tornando-se fácil manter uma rotina diária.

– Ter um propósito de vida.

Hoje em dia é possível observar um grande movimento com pessoas que querem descobrir qual o seu propósito de vida. O meu conselho a todos os que procuram pelo seu, é que parem com essa busca.

Um propósito não é algo que é descoberto durante uma noite a olhar para as estrelas pensando acerca do sentido da vida. O nosso propósito de vida é escolhido por nós. O meu, é dedicar-me de corpo e alma a alguma coisa e nos últimos anos, tem sido a escrita.

– A sensação de estar a construir alguma coisa.

Sempre que publico novos artigos tenho a sensação de estar a construir uma casa. No fundo, o meu blog é uma obra que estará sempre em construção ao longo da minha vida, pelo menos enquanto o mantiver.

Quando publico o que escrevo, quer sejam artigos ou ebooks, existe um todo que fica maior e mais completo. Um todo criado por mim e que poderá sempre ser trabalhado e aumentado.

– As descobertas inesperadas.

Dá-me um imenso prazer fazer pesquisas e acabar por fazer descobertas fascinantes que nada têm a ver com o tema pesquisado inicialmente.

Tal acontece porque quando procuro opiniões sobre um tema específico, estas acabam muitas vezes por me dar outras ideias sobre as quais escrever. A pesquisa é sempre uma montanha russa que nunca tem um destino certo!

– A evolução continua.

Sou melhor escritor do que era ontem e pior do que aquele que serei amanhã. Nunca atingirei o nível máximo de escrita. Pois este não existe.

Existem níveis suficientes para serem superados até ao fim dos meus dias, não importa que esteja a progredir devagar ou rápido. A evolução contínua na escrita dá-me uma boa dose de desafio.

– A autodisciplina.

As rotinas diárias fazem-me sentir que estou a caminhar para algum lado, em vez de me deixar levar pelas circunstâncias aleatórias da vida.

Sou defensor da ideia de que se os dias têm 24 horas, pelo menos 4 têm de ser ocupadas por algo exclusivamente à nossa escolha. 20 horas a reagir ao que se passa à nossa volta são suficientes.

– A consciência de que vou morrer um dia.

Foi aos 29 anos de idade que entendi verdadeiramente o conceito de que vou morrer um dia. Estar prestes a chegar aos 30 fez-me ter a realização de que o tempo passa a voar e que se quero fazer algo de significante, não posso desperdiçar um minuto que seja.

Foi assustador perceber que 30 anos passaram num piscar de olhos. Desde essa altura que me encontro na fase mais produtiva da minha vida.

– A realização.

Seria hipocrisia da minha parte não falar do orgulho que sinto cada vez que publico novos conteúdos. Escrever traz-me a gratificação de longo prazo que já mencionei em tantos artigos.

Existem alturas em que não tenho vontade de escrever. Ainda assim, mantenho uma rotina diária pelo que o faço independentemente da minha vontade. É a autodisciplina que me traz realização e esta última reflete-se em todas as outras áreas da minha vida.

José Lança autor

Estes são os motivos pelos quais escrevo. Essencialmente, são no fundo um conjunto de valores que tenho necessidade de preencher continuamente.

Se algum dos motivos que referi também o movem à ação, deixe-me saber qual comentando.

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