Os avanços na tecnologia evoluíram de maneira a melhorar as nossas vidas e a torná-las mais fáceis. Estes avanços permitiram o aparecimento das redes sociais. Durante a década de 90 e inícios do século XXI, redes como a Classmates, a Six Degrees, a Friendster e o MySpace, ditaram o início de uma nova era que viria o mudar o mundo tal como o conhecíamos na altura.
Hoje em dia, é completamente banal alguém ter um perfil no Facebook, um no Instagram e outro no LinkedIn. Contudo, num passado onde a Internet para uso doméstico era ainda uma novidade, a possibilidade de criar um perfil online com informações pessoais e torná-lo acessível a outras pessoas do outro lado do mundo era absolutamente fascinante!
Como as redes sociais mudaram vidas.
Por serem novidade, ainda não se conhecia o gigantesco potencial das redes sociais. Músicos a assinarem contratos multimilionários com editoras, apenas pelo facto de terem uma grande legião de fãs nas redes sociais, empresas a tornarem produtos em objetos de culto, fotógrafos de quem nunca ninguém tinha ouvido falar até à data a ganharem projeção internacional quase instantaneamente.
As redes sociais ajudaram muitas pessoas a fazer chegar o seu trabalho e a sua arte, a muitas outras desejosas de novos conhecimentos e novas experiências. Juntou-se o útil ao agradável!
A invasão de notificações.
Enquanto escrevo este artigo, para além do Macbook que estou a usar, estão ainda dois smartphones em cima da minha secretária, o pessoal e o de trabalho. Algures nesta sala está também o meu tablet.
Em todos estes dispositivos, tirando o Macbook, o Wi-Fi está desativado. Se não estivesse, a miríade de notificações das minhas contas de email, Facebook, LinkedIn, Instagram, Twitter, WhatsApp, Youtube e Google+ estariam constantemente a interromper o meu foco, e a minha produtividade iria por água abaixo.
Nesta altura, está provavelmente a perguntar-se porque é que uso tantas redes sociais, e a resposta é que como empreendedor, cada uma destas redes tem um papel fundamental no meu negócio. Todas diferentes, cada uma à sua maneira acrescenta valor à minha marca e ajuda-me a fazer chegar a minha mensagem ao meu público.
Redes sociais, marketing e opiniões verdadeiras.
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Um dos grandes benefícios das redes sociais, é que o público vai opinar acerca da qualidade dos produtos ou serviços de uma empresa, o que faz com que já não seja possível colmatar a fraca qualidade de um produto com campanhas de marketing criativas e dispendiosas.
As estatísticas dizem-nos que quando as pessoas pensam em comprar alguma coisa, antes de o fazer vão pesquisar acerca da opinião de quem já comprou. Cada vez mais a empresas têm conhecimento deste facto, e começam a investir mais recursos no desenvolvimento de um produto do que na publicidade que lhe fazem posteriormente.
Estes são alguns dos benefícios que nos trouxeram a exposição nas redes sociais. Mas, como já deve estar à espera, e até pelo título sugestivo deste artigo, as implicações negativas também estão em evidência nas nossas vidas.
As consequências negativas das redes sociais.
O estimulo constante proporcionado pelas redes sociais tornou as pessoas viciadas em gratificação instantânea. A capacidade de se concentrarem está a perder-se e os períodos de atenção dedicados a uma tarefa estão a tornar-se cada vez mais curtos.
Há menos foco e mais estímulos emocionais, e não é como se o vídeo dos 5 gatos a miar em sintonia que a sua amiga partilhou fosse acrescentar qualidade à sua vida.
No máximo vai provocar-lhe uma risada, mas passado 30 segundos a sua vida volta ao mesmo, pode sempre continuar a ver o feed de notícias das suas redes sociais, só precisa de avançar para a próxima publicação e se tiver muitos amigos virtuais, terá um feed de notícias com publicações quase infinitas.
O efeito das redes sociais na produtividade.
Alguns inquéritos indicam que as pessoas gastam entre 3 a 4 horas por dia nas redes sociais (Portugal e Brasil). Já pensou em tudo aquilo que poderia concretizar ao longo da sua vida, se descontasse duas horas por dia das redes sociais e as utilizasse para construir algo a longo prazo?
Poderia usar esse tempo com atividades como:
– Ler livros acerca de empreendedorismo.
– Aprender alguma forma de artesanato vendo vídeos no Youtube (um uso produtivo das redes sociais).
– Escrever um livro (todas as pessoas têm um livro dentro de si).
– Praticar desporto.
– Aprender uma nova língua.
Faça uso da sua imaginação e pense sempre em tudo aquilo que mudaria na sua vida a médio e a longo prazo, se usasse 2 horas ou até 1 hora por dia, numa das tarefas mencionadas ou noutras igualmente produtivas.
Para o auxiliar nesta tarefa, existem programas que o podem ajudar a focar-se bloqueando as redes sociais e até mesmo a internet, estes programas estão disponíveis tanto para computadores como para smartphones e tablets, e fazem com que o seu acesso às redes sociais fique impedido durante o tempo que programar antecipadamente.
Não vou mencionar nenhum aqui, pois existem centenas e só precisa de fazer uma pesquisa na internet para saber qual o melhor para si.
Como se isto tudo não chegasse, um estudo publicado pelo Journal of Social and Clinical Psychology disponível no Guilford Press, demonstrou que limitar o uso das redes sociais a apenas 30 minutos por dia, leva a uma melhoria significativa do bem-estar!
O problema não são as redes sociais, somos nós!
A verdade é que não são as redes sociais que nos tornam estúpidos, mas sim o uso que fazemos delas. Está na altura de invertermos a tendência e usá-las de forma a realmente melhorarem as nossas vidas e não apenas a nos distraírem daquilo que é verdadeiramente importante.
Talvez nunca lhe tenha ocorrido, mas a verdade é que as redes sociais são aplicações em branco, quem as preenche somos nós, os utilizadores.
Pergunta: O que é que as redes sociais acrescentam de positivo à sua vida?
Interesso-me por todo o conhecimento que pode genuinamente melhorar as nossas vidas. Discordo dos ideais transmitidos pela cultura pop, e prezo habilidades como a autodisciplina e a capacidade de pensar pela própria cabeça. O meu propósito de vida é escrever não-ficção.