Uma das crenças populares mais prejudiciais de hoje em dia, é a de que precisa de ter uma determinada vocação para ter sucesso. É prejudicial porque muitas pessoas acreditam que nunca vão ser bem-sucedidas devido a não possuírem qualquer talento.
Foi-lhes incutida a ideia de que já nascemos com determinadas habilidades, e que se estas não se manifestarem sozinhas antes da idade adulta, é porque serão inaptas para o resto das suas vidas.
A ilusão do talento.
A reação da maioria das pessoas quando observa alguém com um desempenho excecional, seja um jogador de ténis, um pianista ou um ator, é fazer observações como:
“Ele tem mesmo jeito para aquilo”, “Ele é muito talentoso”, ou “Aquilo já nasce com a pessoa”.
O que as pessoas que fazem essas afirmações não imaginam, são os anos de prática, estudo e trabalho árduo que foram necessários para se chegar aquele patamar.
Sabia que o Michael Jordan foi expulso da equipa de basquete da escola quando era criança? Acha que ele chegou a um patamar de classe mundial por ser talentoso?
Imaginava que o Albert Einstein aprendeu a falar numa idade considerada já tardia e que os professores na escola pensavam que ele era deficiente mental? Mais tarde veio a ganhar o prémio Nobel da física, e o talento teve pouco ou nada a ver com isso.
Trabalhar no duro não tem nada de romântico. É mais fácil acreditar que as pessoas de grande sucesso foram abençoadas pelas estrelas.
Conhecimento e persistência criam dons.
Hoje em dia, a informação necessária para realizar qualquer empreendimento está disponível a todas as pessoas que vivem em países desenvolvidos, basta aceder à internet ou ir a uma biblioteca e encontra informação sobre os mais variados temas.
Existe no entanto, um grande erro que as levam a se autossabotarem, que é o de desistir demasiado rápido. Tal deve-se à convicção de que é impossível ter sucesso se este não for atingido no curto espaço de tempo que determinaram.
A crença de que pode atingir resultados rápidos e com pouco esforço, está enraizada nas nossas cabeças devido às estratégias utilizadas por muitas empresas que nos querem vender as curas milagrosas para todos os nossos problemas. Prometem resultados fantásticos e em pouco tempo.
Não obstante quero deixar-lhe uma coisa bem clara.
Você pode ter resultados fantásticos se o desejar.
Mas nunca se esqueça.
Não há atalhos.
A desculpa da falta de talento.
A falta de talento é a desculpa usada por muitas pessoas para justificarem o facto de não se esforçarem. Usam-no como desculpa principalmente para si mesmas, foram convencidas desde muito cedo que sem talento nem vale a pena tentar.
Quando dá início a uma nova aprendizagem, é normal e até mesmo suposto ser ruim na sua execução. Só ocorrem melhorias após a prática intensa de uma atividade, não é suposto ser-se bom “naturalmente”.
Se o talento existe? Acredito que sim. Contudo, foi provado ao longo do tempo, por mais que uma vez, que este não é um fator necessário para o sucesso. Não só não é um fator necessário, como é muito frequente encontrarem-se pessoas com muito talento e sem sucesso nenhum.
Assim sendo, o que é que faz com que algumas pessoas sem nenhuma vantagem em relação a outras tornarem-se incrivelmente bem-sucedidas?
O trabalho árduo.
O trabalho árduo pode compensar muitas falhas de carater e pode fazer com que desenvolva qualquer habilidade, independentemente do patamar onde se encontra. Não existe nenhuma barreira que não possa ser ultrapassada por quem trabalhe arduamente.
Existe ainda outra coisa que deve saber:
Por mais talentoso que possa ser, não vai chegar a lado nenhum se não trabalhar para isso.
O talento por si só não chega. Se deseja realizar algo importante na sua vida, é possível que se enquadre numa das seguintes categorias:
– Possui algum talento que o pode ajudar a realizar o que deseja se trabalhar arduamente para isso.
– Não tem qualquer talento nem habilidade, mas se trabalhar arduamente chegará onde quer de qualquer das maneiras.
Qualquer que seja a sua situação, trabalhar arduamente é a solução.
Pergunta: Que objetivos concretizou mesmo não tendo talento para os mesmos?
Interesso-me por todo o conhecimento que pode genuinamente melhorar as nossas vidas. Discordo dos ideais transmitidos pela cultura pop, e prezo habilidades como a autodisciplina e a capacidade de pensar pela própria cabeça. O meu propósito de vida é escrever não-ficção.