Como voltar ao de cima após uma grande queda

A jornada de quem corre atrás de objetivos de longo prazo é cheia de aventuras e de peripécias. O caminho que é feito ao longo dessa jornada nunca é em linha reta, são várias as vezes em que surgem obstáculos que nos deixam sem fazer a mais pequena ideia de como os ultrapassar.

Por vezes, as barreiras podem ser contornadas, outras vezes, é necessário saltar por cima destas e nalgumas situações, têm mesmo de ser derrubadas.

Aqueles que mantêm os olhos no seu objetivo sem se esquecerem do porquê do caminho que escolheram, eventualmente vencem qualquer barreira.

O que deve saber quando bate no fundo.

Enquanto está a ser levado pelo furacão, sem saber quando é que este vai parar, é fundamental que pense todos os dias para consigo mesmo:

“O fracasso nunca vai ser o fim a não ser que eu desista.”

Para conseguir novamente pisar o chão, existe uma lição que aprendi com um dos meus maiores influenciadores, Eben Pagan, num dos seus seminários.

Quando o barco está a afundar, não aja no desespero, volte ao básico.

Voltar ao básico é voltar às origens, fazer novamente aquilo que fizemos quando tudo começou. Se for empreendedor poderá ser algo como a criação de um novo plano de negócios, uma nova estratégia de marketing, ou o desenvolvimento de uma nova proposta única de valor.

No entanto, este conceito pode perfeitamente ser aplicado noutras áreas. Independentemente da área em que fracassou, é possível voltar ao básico. Para que isso aconteça, tem de voltar a ter as mesmas atitudes, a mesma perspetiva e as mesmas ações que teve originalmente.

Faça uma pausa.

Pode ser difícil ganhar clareza estando no meio dos escombros e ainda a contabilizar os estragos.

Se puder afastar-se da situação temporariamente, tire umas semanas de descanso para recuperar o seu foco. Quando voltar, terá uma nova perspetiva acerca do que precisa para voltar ao de cima.

É impossível evitar fracassos de vez em quando, mas felizmente, não é necessário fazê-lo. Falhar nalguma coisa não é divertido, não nos dá inspiração e não nos traz benefícios a curto prazo (a longo prazo a história é outra).

Na indústria do desenvolvimento pessoal ouvimos com frequência que é necessário falhar regularmente, que é com os fracassos que aprendemos e que se ainda não chegámos onde queríamos, então é porque não estamos a falhar rápido o suficiente.  

Subscrevo essas afirmações. Apesar disso, quando o estamos a experienciar não pensamos:

“Boa! Acabei de fracassar! Estou agora mais perto do meu objetivo!”

Porque o fracasso é sempre temporário.

Viver um fracasso é desagradável, às vezes catastrófico, e por vezes parece o fim do mundo. A boa notícia é que existe o:

Durante o fracasso.

E o:

Depois de o fracasso.

Perpetuarmos a sensação de inaptidão nas nossas mentes é uma escolha. O – depois de o fracasso – é quando a onda de destruição já passou, e quando chega a hora de reconstruir o que tínhamos e elevá-lo a um patamar superior, ou quem sabe construir algo totalmente novo que esteja mais alinhado com a nossa missão e com os nossos valores pessoais.

Para começar, é fulcral ver o fracasso como um evento, ou seja, ter o entendimento de que:

Você não é um fracasso, você teve um fracasso.

Se chegou onde estava antes de ter fracassado, é porque sabe como é que se chega lá. Se optar por reconstruir o que quer que seja, só tem de fazer aquilo que já fez, seguir os mesmos passos.

Lembre-se do começo.

Como é que iniciou aquele projeto?

Como é que começou aquele relacionamento?

Onde é que foi buscar inspiração para fazer o que fez?

Faça uma lista dos seus recursos pessoais.

Será de grande utilidade fazer uma lista dos seus recursos internos e externos para se organizar. Os recursos externos são tudo o que pode ser utilizado e que se encontra no ambiente à sua volta, como por exemplo:

Um computador, o centro de emprego, os artigos deste blog, a sua amiga perita em relacionamentos, uma incubadora de empresas.

E os recursos internos podem ser algo tão simples como:

Recordar-se a si mesmo das suas características mais fortes e das aprendizagens em que viveu situações semelhantes. Confiar nos seus conhecimentos e nas suas habilidades, as quais pode ter esquecido no meio da confusão, e a lista continua.

Sempre que voltar ao de cima após uma grande queda, terá pensamentos como:

“O que mais temia aconteceu e afinal sobrevivi.”

“Se consegui vencer isto então mais nada me vai parar.”

“Estou mais forte do que nunca.”

Agora só precisa de criar uma nova visão acerca do que quer realizar. Se está à espera de um sinal do universo para começar a meter mãos a obra aqui vai:

Universo

Se escolher parar por aqui vai deixar que o fracasso se torne permanente. Se optar por continuar, a longo prazo o seu mais recente fracasso tornar-se-á em mais uma das suas forças.

Pergunta: O que é que já fez para voltar ao de cima após uma grande queda?

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